Dessa vez por mais estranho que pareça, e isso não soaria mais estranho pra ninguém do que pra mim, eu simplesmente não quero ir. Não hoje, não agora. Dessa vez eu não fiz grandes alardes, dessa vez eu não fantasiei uma reação e nem promovi confraternizações, dessa vez e pela primeira vez eu não marquei nada, eu deixei que as coisas tomassem um caminho natural, e que as reações fossem espontâneas. E então o mais estranho aconteceu, eu me surpreendi, me surpreendi com o que eu vi. Os alardes, as confraternizações, a tal animação que de tantas vezes em algum lugar partiria primeiro de mim começa agora a partir de fora pra dentro. Eles estão felizes, por algum motivo eles querem comemorar. Sem desculpas, sem outros compromissos. Eles estão mesmo dispostos e em algum momento eu escuto um ‘’eu nem gosto de lá, mas se vocês quiserem, não importa o lugar, eu vou.’’ E isso me deixou feliz sabe, na verdade, muito feliz.
Estou com meu coração tranqüilo, em paz e nem achei que fosse capaz de dizer isso num dia que me pareceria impossível passar aqui, logo eu que simplesmente por estar lá já quero sempre de todo jeito celebrar a vida, dessa vez só quero estar aqui com eles hoje. Isso em hipótese nenhuma quer dizer que amanhã eu não vou acordar querendo fugir daqui, ir embora correndo sem olhar pra trás, e só de pensar que amanhã isso pode não se realizar me dá um apertozinho no coração mas como eu disse a um tempo atrás aqui isso já não é mais tão difícil como já foi e hoje só por hoje eu não estou triste, hoje eu vou estar onde quero estar e com quem eu quero estar e sinceramente espero que amanhã não seja diferente.